quinta-feira, 12 de maio de 2016

PROTEÇÃO SOCIAL BRASILEIRA

Reproduzimos mensagem da Ministra do MDS Tereza Campello.
 
 
"Nesta quinta-feira, 12 de maio, a Presidenta Dilma exonera todos os seus ministros. Além de mim, estão sendo exonerados o secretário executivo, secretários nacionais e parte do corpo dirigente do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Temos a convicção de que o afastamento temporário da presidenta Dilma Rousseff do cargo é um ato arbitrário, por não haver evidências de crime de responsabilidade que justifiquem o impedimento. Por esta razão acompanhamos a Presidenta neste afastamento. Não participaremos de um governo usurpador de um mandato democraticamente eleito.
Mesmo no momento de instabilidade política pelo qual passa o país, os programas sociais sob responsabilidade do MDS estão em pleno funcionamento, resultado de  um esforço integrado de governo. Estão preservadas e mantidas todas as condições para o perfeito andamento das ações de caráter continuado e dos programas voltados para a população.
O MDS foi criado em janeiro de 2004 e conta com um corpo técnico de servidores qualificados que permanecem em seus postos de trabalho e reúnem as condições necessárias para o pleno funcionamento dos programas que permitiram ao Brasil sair do Mapa Mundial da Fome e reduzir a extrema pobreza em quase 70% nos últimos 13 anos. Em cada unidade do MDS haverá um responsável e equipe necessária para evitar que o golpe em curso resulte na interrupção dos serviços e venha a prejudicar a população.
A continuidade dos programas sob a responsabilidade do ministério está assegurada também pela existência de recursos públicos devidamente autorizados no Orçamento Geral da União para o exercício de 2016. Os benefícios diretos à população como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada seguem seu calendário normal de pagamentos. O funcionamento regular das políticas públicas de assistência social, inclusão produtiva e segurança alimentar e nutricional também está assegurado.
O Brasil tirou 22 milhões de pessoas da extrema pobreza em apenas quatro anos, entre 2011 e 2014, e é apontado pela ONU como um dos países que mais contribuíram para que o mundo alcançasse a metas de redução de pobreza estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Mesmo sendo referência internacional, ainda precisamos avançar muito para que o país se torne mais justo e menos desigual. Os resultados dos programas e políticas até aqui executadas devem ser encarados pela sociedade brasileira como patamares mínimos de conquistas sociais, que não deveriam, sob hipótese alguma, sofrer redução, descontinuidade ou retrocesso.
O ajuste fiscal, que tem sido anunciado na imprensa pelos representantes do próximo governo, indica a redução nas políticas de combate à pobreza, que pode gerar o agravamento da situação justamente dos mais vulneráveis, trazendo impactos negativos para o conjunto da sociedade. O debate sobre o futuro depende de não interrompermos o presente".
Tereza Campello

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