quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Vulnerabilidades - Quando o conceito influencia as práticas sociais e as ações profissionais

Senhor@s,

"A incorporação das vulnerabilidades no escopo da atuação da política pública de assistência social, no sentido de superá-las, é um processo que revela contradições, pois, partindo de um direcionamento colocado pela cartilha dos organismos internacionais, pode dirimir ou mesmo intensificar a vulnerabilização dos sujeitos. 

Sendo assim, é justificável todo o esforço de compreensão da influência que o conceito de vulnerabilidade exerce na formulação das políticas, nas práticas profissionais, na sociedade e na representação que os usuários têm de si mesmos."

Click aqui para baixar o pdf do ensaio "O conceito de vulnerabilidade e seus sentidos para as políticas públicas de saúde e assistência social."

Assinado por Michelly Eustáquia do Carmo e Francini Lube Guizardi, publicado em Caderno de Saúde Pública 2018; 34(3):e00101417 
 
Correspondência: 
M. E. Carmo 
Ministério do Desenvolvimento Social. SGAN 914, 
Brasília, DF 70790-148, Brasil.


Sociais saudações,

Luciano Joia
Ass.GABSETASC

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

MT – Panorama do Emprego Celetista 2018

Senhor@s,

Apresentamos um panorama do emprego celetista em 2018, tecendo algumas nuances da nossa muito simples macroeconomia, reafirmando nossa convicção de que 2019 já é um dos melhores anos para os negócios, salvo uma maldita borboleta que sonda a China. 

No texto atachado, socializamos em forma de gráfico o volume das admissões e do saldo do emprego celetista em Mato Grosso numa série histórica não ajustada do CAGED de 2000 a 2018.

Sociais saudações,

Luciano Joia 
Ass.GABSETAS-MT

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MT – Panorama do Emprego Celetista 2018.

‘Mato Grosso vai muito bem, obrigado!’ Não poderia o governador Mauro Mendes ter sito tão feliz quando fez esta afirmação a jornalistas brasileiros na semana passada, a julgar pelas estatísticas do emprego celetista em 2018 divulgadas ontem no portal trabalho.mte.gov.br.

Com mostras de robusta recuperação em 2018, frente ao desalinho de 2015, afirme-se, mesmo mantendo significativo crescimento agregado nas atividades econômicas perderam-se no mercado de trabalho 27% das vagas de admissões (120 mil) comparados os anos de 2016 com 2014 ano auge do emprego celetista, e com uma recuperação de 70% destas vagas em 2018, a economia carreada pelos agroserviços dá mostras de que teremos, sim, salvo uma borboleta sem noção bater asas na China, tempos de vacas gordas nas fazendas e em setores secundários e principalmente os terciários da economia.

O emprego urbano, o mais afetado nesse período de, digamos, ajuste de recomposição de mais valia, retoma com 5 mil novas vagas no setor indústria em 2018 em relação a 2016, primeiro ano de recuperação do emprego, e promove uma ampliação no período de 11% nas vagas do comércio, setor típico de ofertas de vagas de primeiro emprego, para um estado de concentrada população nos ciclos etários de 19 a 24 anos, com 166 mil deles com 15 a 29 anos sem estudar nem trabalhar, em grande parte evadidos do sistema de ensino atraídos pelo trabalho em abundante oferta no período de pleno emprego, 2012-2014, e desalentados no período de desalinhamento 2014-2016, com somente 35% desses jovens ainda na força de trabalho.

O agro tem sido de longe o grande elemento dinâmico da moderna economia de Mato Grosso, indiscutivelmente, inclusive, pela sua forte capacidade de interferir na dinâmica demográfica e com isso na organização do território, seja nos aspectos econômicos, mas primordialmente na formação de fatores que geram vulnerabilidades sociais nas populações mais dependentes de políticas públicas para o exercício do seu protagonismo cidadão.

Com valor bruto médio anual de R$85 bi de movimentação econômica para realização das safras, nos últimos cinco anos, além de indicar que se está consolidada as cadeias secundárias de produção no setor serviços, o agro agora intensifica procedimentos primários de industrialização na propriedade rural, e em 2018 triplica a retenção de trabalhadores no setor em relação a 2016, e quintuplica em relação a 2014 o seu estoque de postos de trabalho. Esse comportamento de 2018 na retenção de trabalhadores na agropecuária que vinha copiando 2017, descola em agosto para ganhar nova trajetória, certamente puxada pelos atrativos do algodão que nesta safra não possui o Egito como forte concorrente.

Nesse caminho 2019 inicia com passos firmes no caminho da prosperidade econômica, com também firmes pegadas de rastro social desde 2016, quando do ajuste entre salários pagos e lucro das empresas, o produto econômico de Mato Grosso passa a experimentar uma das suas maiores produtividades do trabalho revelada em sua história econômica: ganhos reais de 43% em 2016 comparados a produtividade de 2014, medidos pelo PIB desse ano atualizado monetariamente pelo índice Geral de Preço – IGP/FGV em dezembro de 2018, em relação a todo o emprego formal disponível nesse ano, inclusive o estatutário.

Sociais saudações, aqui torcendo para que nenhuma borboleta invente de bater asas na China.

Luciano Joia
Ass.GABSETAS-MT

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

SUAS - MT: Atualização Trabalhadores Gestão do SUAS

Senhor@s,

Transmitimos com fins de atualizações, os nomes e as respectivas funções institucionais dos trabalhadores da gestão estadual do SUAS-MT:


Gestor Estadual do SUAS-MT
Diário Oficial Número: 27413
Data: 02/01/2019
Título: ATO 16 19
Categoria: » PODER EXECUTIVO » ATO DO GOVERNADOR » NOMEAÇÃO
Link permanente: https://www.iomat.mt.gov.br/portal/visualizacoes/html/15399/#e:15399/#m:1056389

ATO Nº 16/2019.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO, no uso de suas atribuições legais, resolve nomear ROSAMARIA FERREIRA DE CARVALHO para exercer o cargo em comissão de Direção Geral e Assessoramento, Nível DGA-1, de Secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social, a partir de 02 de janeiro de 2019.

Palácio Paiaguás, em Cuiabá,  02  de  janeiro  de 2019.
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Coordenador Estadual do SUAS-MT
Diário Oficial Número: 27425
Data: 18/01/2019
Título: ATO 290 19
Categoria: » PODER EXECUTIVO » ATO DO GOVERNADOR » NOMEAÇÃO
Link permanente: https://www.iomat.mt.gov.br/portal/visualizacoes/html/15423/#e:15423/#m:1059318

ATO Nº 290/2019.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO, no uso de suas atribuições legais, resolve nomear AGUINALDO GARRIDO para exercer o cargo em comissão de Direção Geral e Assessoramento, Nível DGA-2, de Secretário Adjunto de Assistência Social, da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social - SETAS, a partir de 08 de janeiro de 2019.

Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 18 de janeiro de 2019.
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Gestão Financeira e Patrimonial da SETAS/SUAS-MT

Diário Oficial Número: 27425
Data: 18/01/2019
Título: ATO 295 19
Categoria: » PODER EXECUTIVO » ATO DO GOVERNADOR » NOMEAÇÃO
Link permanente: https://www.iomat.mt.gov.br/portal/visualizacoes/html/15423/#e:15423/#m:1059330

ATO Nº 295/2019.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO, no uso de suas atribuições legais, resolve nomear PATRICIA COSTA VIEIRA DE CAMARGO SALDANHA para exercer o cargo em comissão de Direção Geral e Assessoramento, Nível DGA-2, de Secretária Adjunta de Administração Sistêmica, da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social - SETAS, a partir de 04 de janeiro de 2019.
Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 18 de janeiro de 2019.
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Assessoramento Superior do SUAS-MT

Diário Oficial Número: 27425
Data: 18/01/2019
Título: ATO 292 19
Categoria: » PODER EXECUTIVO » ATO DO GOVERNADOR » NOMEAÇÃO
Link permanente: https://www.iomat.mt.gov.br/portal/visualizacoes/html/15423/#e:15423/#m:1059322


ATO Nº 292/2019.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO, no uso de suas atribuições legais, resolve nomear os (as) senhores (as) abaixo nominados (as) para exercerem os cargos em comissão que especifica, da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social - SETAS, a partir de 15 de janeiro de 2019.

LUCIANO JOIA DA SILVA - Assessora Chefe I, Nível DGA-2;

MARIA ANTONIA DE CASTRO BORGES - Chefe de Gabinete, Nível DGA-4;

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Gestão Operacional do SUAS-MT



CRISTINA SETSUCO SIQUEIRA SAITO - Superintendente da Família e Serviços Socioassistenciais, DGA-4;

CRISTINA SUSIE CAPUTI - Superintendente de Inclusão Social de Inclusão Social, DGA-4.

Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 18 de janeiro de 2019.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Como vivem e o que pensam os 'nem-nem' da América Latina

Senhor@s

As boas vindas ao blog em 2019 chega com uma preocupação com cada vez mais repercussão na sociedade latino-americana, muito relacionada à relação entre a pirâmide etária e o desenvolvimento de modelos sociológicos que disciplinem a relação escola/trabalho.

Para muito além da taxação equivocada de 'nem-nem', a complexa relação jovem-escola-trabalho, em especial aos que vivenciam as peculiaridades de usuários do SUAS, nos exige um olhar muito mais qualitativo ao fenômeno, particularmente no ofertar políticas públicas que foquem o trabalho decente e a proteção social como garantia de direitos.

Em Mato Grosso, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD 2017 estima que existam 166 mil jovens com idade de 15 a 29 anos nesse perfil de 'não estuda e não trabalha', como o agravante de que 65,3% deles já se encontravam na data de referência da pesquisa, na condição de 'fora da força de trabalho'; e somente 36% desses jovens ainda nutriam esperança de encontrar um lugar ao sol no mundo do trabalho. Qualquer trabalho.

Um 2019 mais vigilante tenhamos!

Sociais saudações,

Luciano Joia.

ESTUDO REVELA QUE 23% DOS JOVENS BRASILEIROS NÃO TRABALHAM NEM ESTUDAM

Parte de estudo regional, capítulo sobre os jovens no Brasil foi realizado pelo Ipea, que contou com apoio operacional do IPC-IG
Brasília, 3 de dezembro de 2018  –  Cerca de 23% dos jovens brasileiros não trabalham nem estudam -  os chamados jovens nem-nem- e  em sua maior parte são mulheres e de baixa renda, é o que revela uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada nesta segunda-feira, que contou com o apoio operacional do IPC-IG.  Esse percentual é um dos maiores na região da América Latina e do Caribe. Por outro lado, 49% dos jovens brasileiros se dedicam apenas ao estudo ou capacitação, 13% só trabalham e 15% trabalham e estudam ao mesmo tempo.   Já na América Latina e no Caribe, o número de jovens que não trabalham nem estudam chega a 20 milhões de pessoas.  
O estudo do Ipea faz parte de uma pesquisa regional intitulada "Millennials na América Latina e no Caribe: trabalhar ou estudar", que entrevistou mais de 15 mil jovens entre 15 e 24 anos, em nove países da região da América Latina e do Caribe com realidades econômicas e sociais diferentes:  Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Haiti, México, Paraguai, Peru e Uruguai.   
O objetivo da pesquisa é entender melhor a decisão dos jovens que apenas estudam, apenas trabalham, combinam estudo e trabalho, ou não estão estudando nem trabalhando. Com base nessas informações, os pesquisadores sugerem ações políticas para ajudar os jovens a fazer uma transição bem-sucedida de seus estudos para o mercado de trabalho. A novidade do estudo é a inclusão de variáveis menos convencionais, que vão além da renda ou do nível educacional. Por exemplo, as informações que os jovens têm sobre o funcionamento do mercado de trabalho, suas aspirações, expectativas e habilidades cognitivas e socioemocionais.
A pesquisa regional destaca ainda que, apesar de o termo nem-nem induzir à ideia de que os jovens são ociosos e improdutivos, na América Latina e no Caribe a realidade é outra:31% dos jovens, principalmente homens, estão à procura de trabalho, e mais da metade, 64%, dedicam-se a trabalhos de cuidado doméstico e familiar, o que ocorre principalmente com as mulheres.  A condição de não estudar nem trabalhar é mais frequente entre as mulheres e os jovens mais velhos. Entre os que não estudam nem trabalham, a procura por emprego é uma atividade comum aos homens, enquanto os cuidados de parentes e filhos é mais comum entre a mulheres:

Contexto brasileiro - No Brasil, o estudo buscou entender quais as aspirações, as barreiras e expectativas dos jovens brasileiros com relação à inserção no mercado de trabalho e à inclusão social.  Foram entrevistados 1.488 jovens entre abril e maio deste ano em Recife. A capital pernambucana foi escolhida por apresentar uma alta taxa de desemprego e um grande contingente de jovens que não trabalham e nem estudam.  A capital pernambucana insere-se ainda no contexto do Nordeste, região que apresenta elevado nível de vulnerabilidade dos jovens: menor nível de escolaridade, vulnerabilidade no mercado de trabalho também.  
O Brasil está passando por um bônus demográfico, na qual a população ativa (entre 15 e 64 anos) é maior do que a população inativa (entre 0 e 14 anos, ou maiores de 65 anos), como por exemplo, idosos e crianças. Além disso, os jovens com idades entre 15 e 24 anos somam 17% da população total brasileira, ou cerca de 33 milhões de pessoas. Esse fenômeno demográfico é denominado “onda jovem” e apresenta um grande contingente juvenil pronto para ingressar no mercado de trabalho. 
 “O Brasil vive o ápice da onda jovem que começou em 2003 e terminará em 2022, quando o número de jovens começará cair até 2040, ano em a população entre 15 e 24 anos chegará a 12% da população total .  O país tem que aproveitar esse bônus demográfico para o desenvolvimento de políticas públicas, e para que isso não se transforme em ônus demográfico”, disse Enid Rocha, Diretora-Adjunta da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea.  
O estudo foi financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Centro de Pesquisas Canadense para o Desenvolvimento Internacional (IDRC), e foi coordenada regionalmente pela fundação chilena Espacio Público. No Brasil, pesquisa foi realizada pelo Ipea, com apoio operacional do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG).
Clique aqui para ler o estudo (em espanhol).