quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Palpiteando em “Alguém Explica?”

Senhor@s,

Com a provocação contida em “Alguém Explica?” esperávamos promover um debate, mesmo que virtual sobre questões sociais mais atuais aparentemente exclusivas da nossa realidade mato-grossense.

Como bem aponta nossa comentadora ‘Neusa Social’, são informações reflexas, que ora indicam defeitos atuariais das bases informacionais do CadUnico, caracterizando, portanto, defeitos de gestão na Rede SUAS; ora indicam movimentação de usuários muitas das vezes em trânsito migratório do trabalho, no território estadual.

Mas o fenômeno indica algo muito mais grave, sejam os defeitos de atualização e, ou, de trânsito de usuários, que acaba implicando no mesmo reflexo: o invariável de que as pressões de acesso/permanência no Cad e no PBF se dão por ausência ou incremento de rendimento monetário das famílias.

Nesse particular, existiu aumento de renda real dos usuários numa proporção de 1,5% das pessoas que buscaram na Assistência Social algum serviço e, ou, beneficio. Noutro particular, 3% da força de trabalho empregada perdeu o rendimento pelo exclusão do emprego celetista, e ainda assim houve supressão de cerca de 5% dos benefícios no auxilio pecuniário da Seguridade de renda.

Apostamos que tal fenômeno se materializou por duas realidades: certamente pela precarização nas relações do trabalho, em especial os de baixa remuneração que envolve pessoas de baixa escolarização, perfil típico do usuário da Rede SUAS; e com a queda significativa das vagas do emprego celetista, envolvendo uma oferta reduzida em 80,4 mil vagas em relação a 2014, existiu um refluxo de mão de obra as suas localidades de origem, que era atraída as dezenas de milhares desde 2012 quando abrem somente na construção civil cerca de 60 mil vagas novas de emprego celetista. É bom recordar que mesmo com menor oferta de vagas a economia em especial a de base agrária, gerou incremento positivo sobre a registada em 2014.

Advogamos que esse duplo efeito possui característica extremamente deletéria tanto ao tecido social, quanto as ofertas de serviços na Rede SUAS quando age sob pressão de demanda, refletindo-se exclusivamente na média e alta complexidade.

Nosso termômetro será a análise das estatísticas geradas nos pagamento de pensão alimentícia emitidas pelo Judiciário.

Aguardamos, mas em seu município quando ofertante de amplas vagas de emprego celetista, agravos na rede de Média Complexidade já devem estar vigorando, agora mais como regra.
Sociais Saudações.


Luciano Joia
SETAS-MT
 

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